Clima seco e altas temperaturas no inverno prejudicam o abastecimento de água em diversas cidades do Estado de São Paulo - CIS
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Clima seco e altas temperaturas no inverno prejudicam o abastecimento de água em diversas cidades do Estado de São Paulo

A capital paulista e outras cidades interioranas enfrentam dificuldades. Alguns municípios já decretaram racionamento e multas severas.

O inverno já começou. Porém, as temperaturas altas e o consumo de água crescente colocam em alerta diversos municípios do interior do Estado de São Paulo. Cidades como Santa Cruz das Palmeiras e Tambaú, por exemplo, já decretaram racionamento e estão aplicando multas severas. Na Região Metropolitana de Campinas, o volume de chuvas foi três vezes menor do que o registrado na média histórica. No noroeste do Estado de São Paulo, incluindo a região de São José de Rio Preto, grandes pecuaristas anteciparam confinamento de gado, por conta da falta de chuvas e, consequentemente, de pastos. Na capital paulista, o balanço de chuvas concluiu que São Paulo teve o décimo terceiro junho mais seco em 75 anos de medições (desde 1943) e que há mais de 15 anos não se tinha um junho tão quente. Estes dados, divulgados pela consultoria Clima Tempo e pelo Instituto Nacional de Meteorologia, só confirmam o momento de extrema atenção que estamos vivendo neste ano.

Em Itu (SP), a Companhia Ituana de Saneamento informa que o mais recente levantamento de nível dos mananciais que abastecem o município mostra que as sete barragens de captação de água operam com 75% de capacidade, utilizando reservas estratégicas. As Bacias São Miguel e São Miguel/Varejão, que abastecem a região do Pirapitingui, operam com 80% e 90%, respectivamente. No abastecimento da região central, atuam as bacias do São José e Braiaiá, com 90%; Taquaral/Pirapitingui, com 80%; Itaim, com 45% e Gomes com 50%. De acordo com a autarquia, a redução do consumo ainda segue muito abaixo do índice de 30%, meta estipulada pela campanha de conscientização lançada em março deste ano. Na região central, o índice atingiu 11%. No distrito do Pirapitingui, 3%. Por esta razão, o risco da CIS implantar o racionamento de água em toda a cidade é crescente.

De acordo com o superintendente da CIS, Vincent Menu, é necessária a colaboração da população ituana para reduzir o consumo nas residências em 30%. “Por isso, a fiscalização contra o desperdício em Itu irá agir de forma ainda mais atuante e com aplicação de multas. Não temos mais tempo. Precisamos reduzir o consumo de água agora”, pontua.

Menu ainda destaca que a CIS segue trabalhando para aumentar a captação de água de seus mananciais e garantir mais segurança para a população. No abastecimento da região central, as obras da Adutora Mombaça estão em sua fase final. “Já estão sendo colocados os 600 metros finais de tubos que conduzirão a água do bairro Santa Laura até a Estação de Tratamento de Água do Rancho Grande. Na ligação dos bairros São Judas e Santa Laura, uma ponte em estrutura metálica já está pronta para ser instalada”, explica o superintendente da Companhia. No Pirapitingui, outros projetos estão em andamento, como duas novas captações de água bruta, aumento da capacidade da ETA com novas instalações elétricas e reformas para melhorias na estação e no sistema de distribuição.

“Nós estamos fazendo a nossa parte e convocamos a população a participar deste desafio e reduzir o consumo de água. É fundamental economizar, para evitarmos o racionamento”, finaliza Menu.

Assista ao informativo 03 sobre o abastecimento de água, em Itu, neste ano: